Quantas pessoas você conhece que têm problemas na tireoide? Provavelmente várias. E para quem imaginava que trata-se de mais uma gama de problemas que surge com o avançar da idade, qual não é a surpresa quando nos deparamos com jovens em tratamento? As disfunções da tireoide se apresentam em diversas formas.
Os problemas da glândula variam entre um funcionamento acima do normal, que determina o hipertireoidismo, no qual os hormônios são produzidos em altas quantidades, e o baixo funcionamento, ou hipotireoidismo, que pode levar à um déficit hormonal. Ambos os casos refletem em todo o organismo e causam sintomas, às vezes muito incômodos. Quando se fala em hipotireoidismo, uma das causas mais comuns é a doença de Hashimoto.
Se você deseja entender melhor essa condição, continue lendo. Nosso artigo de hoje traz tudo o que você precisa saber sobre o tema.
O que é a tireoide?
Trata-se de uma glândula localizada na região do pescoço. Seus hormônios regulam o funcionamento do organismo como um todo e, seus desequilíbrios podem causar desde sensações incômodas até alterações em outros hormônios importantes do nosso corpo.
O que é a doença de Hashimoto?
A doença de Hashimoto é um tipo de hipotireoidismo. Ela se caracteriza por uma inflamação na tireóide provocada por anticorpos do nosso sistema imunológico. Nela, o próprio organismo não reconhece a tireóide como parte dele e passa a atacá-la. Com isso, a glândula pode ter sua capacidade de produção hormonal comprometida.
Por tratar-se de um quadro autoimune, ela não tem idade certa para se apresentar. Embora sua maior incidência ainda seja em indivíduos mais velhos, há pessoas muito jovens que já estão em tratamento. Aliás, o principal objetivo do tratamento é repor as quantidades hormonais, já que não há uma cura definitiva para a doença.
Isso porque o problema não está localizado apenas na tireoide, mas no sistema imunológico. Em algumas pessoas, ela se mantém funcionando parcialmente, enquanto em outras a produção hormonal se torna praticamente nula. Porém, esse processo de degradação da tireóide pode levar anos. Outro aspecto importante que devemos abordar é o fator genético. É possível observar que a condição se torna mais comum a certas famílias. Também vale ressaltar que a proporção de mulheres acometidas é maior que a de homens.
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Como saber se tenho a doença de Hashimoto?
A doença de Hashimoto é progressiva. Ela se manifesta aos poucos e costuma ser assintomática em um primeiro momento. Nesses casos, é possível detectá-la, ou melhor, suspeitá-la em exames de rotina, quando se observa que há uma queda progressiva na produção hormonal pela tireoide.
Outro fator que pode ser indicativo é a alta no exame do TSH, o hormônio produzido pela hipófise que envia estímulos para que a tireoide funcione. Se a produção do mesmo estiver elevada, isso pode indicar que a tireoide está precisando de mais estímulos que o normal para funcionar, o que pode pressupor uma alteração da sua produção hormonal.
Os sintomas, de fato, só costumam surgir quando o hipotireoidismo já está instaurado. Podem ocorrer diversos sintomas, como por exemplo, sonolência excessiva, unhas e cabelos quebradiços, ressecamento de pele, intolerância ao frio, cansaço, ganho de peso, prisão de ventre .Em alguns casos pode ocorrer depressão e queda de libido.
Quando ela é descoberta precocemente, entretanto, o tratamento pode levar a uma redução mais rápida dos sintomas. Daí a importância de realizar exames periódicos e, em face de qualquer alteração, procure um especialista para uma análise mais detalhada.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico pode ser feito através de exames de análises clínicas. Amostras de sangue são coletadas do paciente e avaliadas em relação a quantidade de hormônios e anticorpos específicos.
A análise da presença dos anticorpos Anti-TPO e anti-tireoglobulina é feita para confirmar o diagnóstico. Também deve ser realizada ultrassonografia para avaliar alterações no tamanho da glândula, bem como a presença de possíveis nódulos.
Como tratar a doença de Hashimoto?
O tratamento para a doença consiste em realizar uma reposição hormonal contínua. Assim, os efeitos do desequilíbrio hormonal são neutralizados e os sintomas tendem a desaparecer. A medicação mais indicada é a Levotiroxina, disponível em diversas dosagens e prescrita pelo médico de acordo com a necessidade do paciente.
Vale lembrar que o objetivo da medicação não é “curar” a doença, mas sim suprir a baixa de hormônios ocasionada pelo funcionamento insuficiente da tireoide. Por essa razão, pressupõe-se o seu uso por toda a vida.
Também, um estudo geral do organismo do paciente a partir dos nutrientes, alimentação, ajuda a proporcionar o equilíbrio do funcionamento da tireoide através de correção de deficiências. Tal medida consiste em fornecer ao organismo todos os nutrientes que ele precisa para trabalhar em total harmonia, e isso inevitavelmente inclui a produção hormonal da tireoide.
A vitamina D, por exemplo, ajuda nosso sistema imunológico a funcionar melhor. Alguns estudos sugerem que o excesso de iodo pode prejudicar a glândula também. Por outro lado, a deficiência de selênio e ferro podem prejudicar o funcionamento da mesma.
A doença de Hashimoto pode acompanhar o paciente por toda a vida. Entretanto, realizar a reposição hormonal e cuidar dos nutrientes são formas de minimizar os danos que o baixo funcionamento da tireoide traz ao organismo de modo geral. É por isso que você deve contar com uma equipe médica especializada para cuidar da sua saúde.
E você? Costuma realizar exames periódicos para avaliar sua saúde? Deixe seu comentário abaixo e conte para nós!
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